quinta-feira, 16 de maio de 2013

1/3 da missão cumprida



Nossa, quase não consigo acreditar. Um terço da estrada cumprida. Hoje terminei o meu primeiro semestre do programa ciências sem fronteiras nos EUA. Graças a Deus estou dando conta dos desafios, e acredito que crescendo ao enfrentá-los.

Os desafios são pequenos e cotidianos como estudar estatística ou psicopatologia em Inglês, expressar sua opnião sobre o trabalho de um colega para a turma, dar direções a alguém que pergunta, sustentar uma conversa com alguém com uma cultura diferente da sua, participar de uma entrevista de estágio com um professor que você nunca viu, planejar com antecedencia suas viagens, controlar o dinheiro, lidar com as instabilidades climáticas, saber como se portar diante de conflitos entre colegas, dividir apartamento com até então estranhos, fazer novos amigos, preencher formulários, atenção a prazos, falar com orientadora, praticar esporte, manter o bom humor, planejar semestre.etc Além de tudo isso, administrar a saudade e manter a mente quieta, acesa e motivada.

Sim, tem sido uma experiência boa. Não tenho do que reclamar. Por vezes me pergunto se estou aprendendo e crescendo nessa empreitada. Acho que os marcos, como o fim do semestre, servem para percebermos que houve um caminho percorrido nesses meses que estou aqui. Cheguei sem saber de nada, hoje estou um pouco mais adaptado a esse contexto. 

Lembro que da outra vez que estive nos EUA, fazendo intercâmbio em Des Moines, na high school , algumas pessoas me falavam que seria bom se eu tivesse ficado mais tempo, pois o primeiro semestre é um periodo de adaptação, depois disso as coisas começam a fluir mais. Alguns colegas que conheci estão voltando para o seus países após um semestre aqui. Às vezes, parece me que já vão muito cedo, no meio de seu processo de crescimento e adaptação. Talvez fosse melhor se ficassem mais tempo, talvez não, não sei.  No entanto, cada um tem o seu momento. Naquela época acho que eu não estava preparado para ficar mais de um semestre.

Digo isso por que, às vezes, parece que, repentinamente, num estalo de dedos, o seu inglês começa a melhorar, você começa a ter mais facilidade e naturalidade ao se comunicar com as pessoas e sente- se mais pertencente àquele, até então, estranho contexto. Parece mesmo que o cérebro da gente dá um salto acomodando as informações adquiridas numa nova estruturação. Sei que a estrada é longa e ainda há muito  mais o que aprender. Percebi também que pequenas atitudes como o esforço para puxar conversa com um estranho pode favorecer muito esse processo. Creio que isso possa ser aplicado também a outras áreas da vida. Escrevo também como um registro de tal percepção. Creio que aqui se fecha um ciclo e se inicia outro. Abraço aos amigos e parentes. 







4 comentários:

  1. Esses dias li um negócio que achei interessante, que na vida, muitas vezes temos que aprender a superar os obstáculos, desafios, subir o monte pra ver o que tem por trás dele. E geralmente, é coisa boa!! Fico feliz que vc está vivendo todas essas experiências..puro movimento no ar!
    Nao demore tanta a escrever por aqui..
    Beijos!

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    1. Estamos aqui na peleja Clara Cela, tentando plantar coisas boas. Devagarinho a gente chega lá. Não demore para me visitar também. Beijo

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  2. Tambem fico feliz com essas suas vitórias pequenas, como voce descreveu. Com essa minha vida vivida, consegui entender que o que faz a diferença em nossa vida é o modo como a gente soluciona e vive o cotidiano e essas coisas pequenas,,,,,Fiquei com uma frase da Madre Teresa de Calcutá. Ela disse que Deus não quer coisas grandes da gente, mas pequenas. ELE gosta de coisas pequenas e pessoais........Isso é muito interessante, é uma mudança de paradigama.

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  3. Muito bonito Márcia Campos. Acredito que faz sentido. Também sei que você tem muitas vitórias. Abs

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